- Energia solar compartilhada é uma alternativa para redução da conta de luz
- Aneel não cobra bandeiras tarifárias em quem utiliza a modalidade para incentivar a energia limpa
- Migas Gerais é o estado que mais consome esse tipo de geração energética
Está cada vez mais difícil pagar a conta de luz. Com os constantes aumentos de preço, o recurso fica cada dia mais caro de manter. Uma solução para reduzir os custos pode ser a aposta na energia solar.
No mês de março, o Brasil já tinha 5.635 locais atendidos pela geração solar compartilhada, uma modalidade que existe desde 2015. No início, apenas 45 consumidores utilizavam o recurso. Com o passar dos anos, o número subiu para mais de 1.500 utilizadores em 2019 e ultrapassou os 5.000 em 2021, com 1.610 unidades geradoras produzindo energia.
“A geração compartilhada foi criada em 2015, quando a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] percebeu que a geração solar no Brasil não estava crescendo no ritmo que poderia, dado o potencial que a gente tem”, ecplicou Guilherme Susteras, coordenador do grupo de trabalho de geração distribuída da Absolar, associação que representa o setor, de acordo com o G1.
A prática começou na Alemanha e, depois de ser utilizada por outros países na Europa, foi adotada pelos Estados Unidos. As “comunidades solares” são baseadas em cooperativas ou consórcios de consumidores, que juntos realizam a instalação de pequenas usinas, compartilhando da energia produzida.
Com as mudanças regulatórias no Brasil, foi possível criar uma modalidade remota, que oferece esse tipo de energia por assinatura, como a Sun Mobi, uma companhia criada em 2016, que atende 300 clientes em 27 municípios do Estado de São Paulo.
Eles construíram uma fazenda solar que gera uma energia para uma distribuidora e, posteriormente, é vendida na forma de créditos. Isso torna possível abater valores da conta de luz, desde que o utilizador esteja na área de concessão da distribuidora.
O modelo ainda faz com que o consumidor fique livre da bandeira tarifária, já que a Aneel utiliza o desconto como forma de incentivar a energia limpa. A Absolar estima que cerca de 20 empresas já atuam nesse mercado brasileiro. Entre os estados, Minas Gerais é o que mais tem presença na distribuição da geração energética.